quinta-feira, outubro 06, 2005

 

BOAS VINDAS PARA MIM


Ainda em fase de testes esse é meu novo blog.

Obrigada pela sua super visita e por lembrar de mim. Espero que você se divirta e resolva voltar sempre.

Super B*jocas

 

Elvis não morreu, só voltou para casa.



Há alguns meses mommy chegou em casa trazendo a polêmica discussão sobre a questão "Eutanásia X Distanásia". Pra quem não sabe (não acho vcs burros é só que como eu não sabia...) distanásia é parar de dar cuidado a um paciente naquele momento em que o cuidado só prolonga o sofrimento.
Por exemplo, mês passado uma senhorinha com vários tumores, problemas pulmonares, enfartada e com insuficiência respiratória teve também insuficiência renal. O médico, ao invés de deixar a natureza seguir seu curso, colocou a mulher pra fazer diálise... resultado: ela inchou tanto que começou a soltar líquido linfático (aquela gosminha de plasma amarelinha que saía do seu machucado quando vc era criança) por todos os poros. A mulher estava viva? E a família nessa, como fica?
Ontem saiu o resultado da biópsia do Elvis e ele tem um linfoma bem avançadinho. Opções:
1 -cuidar do bichinho até ele ficar muito mal e aí praticar eutanásia
OU
2- incrível pacote quimio + 2 cirurgias + super tratamento
Ainda não decidimos o que vamos fazer, mas toda a situação me fez pensar que para um ser humano tanto a eutanásia quanto o esperar morrer são inconcebíveis. Já para o coitado do cachorro todo mundo acha a coisa mais natural do mundo. Quem disse que a vida dele vale menos que a minha? Quem disse que salvar a vida humana interferindo na natureza de forma tão brutal é correto?
Eu sou filha da minha mãe (UAU! Que brilhante), que segundo a tia Dé "lê Camões sob a luz da Lua, de laço rosa na cabeça", por isso perdi o sono absorta nas minhas reflexões sobre a vida, a morte, a eutanásia, a distanásia, a vontade dos cachorros, a vontade de Deus, a existência de Deus (?), a vontade humana de ser Deus...
Não tenho as respostas, mas queria dividir a dor com vcs. Já tenho saudades do El, pq mesmo vivo ele já não é mais ele sem pular no meu colo e roubar minha comida da mão, sem me acordar me lambendo, fazer bagunça quando eu chego e abanar o rabo o tempo todo e me pergunto, será que vale a pena trata-lo e colocá-lo pra sofrer? Será que é certo deixá-lo morrer?
No meio de tudo isso eu sou só perguntas, com uma única certeza: graças a Alá, Deus, Buda, Zeus e todos os orixás baianos eu não fiz medicina.... ou seria um post desse por semana.

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