sexta-feira, abril 21, 2006

 

Momento Auto Ajuda: Como Pagar um Mico


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Se você está achando que eu vou te ensinar a não pagar micos take your lil' horse out of the rain porque é bem o contrário que pretendo nesse estudo sucinto da minha vida antropologicamente ligada aos primos mais próximos dos Homo Sapiens.
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- Dia 31 de dezembro de 2005: estava no trampo (isso mesmo! Em plena noite de Ano Novo) e a chefa da chefa estava passando de mesa em mesa dando panetones. Quando cheguei todos ao meu redor haviam ganhado um, menos eu. Aí, a idiota vira brincando "Tudo bem! Eu não queria mesmo.... Só gosto de chocotone" e quando eu viro está a chefa da chefa de Panetone na mão pra mim... OPS!
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- Direto do Túnel do Tempo: 2º colegial, aula de Literatura da Tati, uma das melhores professoras do mundo (empatada com a Lulu). A professora é lésbica e uma amiga que não vou dizer quem é (mas mora em Goiás e era uma anta) me manda um bilhete. Abri, li, não gostei, fechei. A Tati parou do meu lado e me mandou ler o bilhete alto: "Nossa porque ela acha essa escritora linda?!?!?!". Foi a primeira vez na vida que realmente eu quis ser um avestruz. Fico roxa mesmo agora só de lembrar. No final da aula ela me chamou de canto e disse que tinha ficado decepcionada comigo, aquilo me acabou. Me senti a uma bosta do universo, uma babaquinha idiota. Queria morrer porque eu achava que ela achava que eu era isso e porque eu achava que ela achava que eu era preconceituosa e eu não sou. Tati, perdão! A Má ama você!
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Falando em amar.... estávamos eu e minha mãe num pau danado e eu viro e falo do nada "Mãe, eu te amo!" ela parou a briga na hora, desarmou. Anos depois tentei a mesma tática, só que não colou: ela notou meu jogo! Huahauahuhuahua!
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Bi, Dé (a Yoda do mico) e eu no banco - encontramos uma vizinha do condomínio e começamos a bater papo:
Dé - Em casa você mora?
Vizinha - Na casa 100.
Dé - Ahh! Você mora do lado da peste do Napa?
Silêncio constrangedor!
Vizinha - A peste do Napa é meu filho!
MEU!!!!!!!!!! MEU!!!!!!!!!!!!!!!! Queria rir de me acabar, mas engoli e fiz cara de "eu não conheço essa louca"! Foi lindo. Obrigada mãe Dé por esse momento sublime!
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Mommy, Gorda e eu indo pro Guarujá - resolvemos arriscar ir pela balsa e ao invés de pegarmos a Piassaguera fomos por Santos. Claro que nos perdemos... aí mamãe querida pára o carro e pergunta, aos berros, pra um senhor "O SENHOR SABE ONDE EU VOU PRA IR PRA BALSA?" e o senhor responde bem baixinho "É só a senhora seguir reto. Mas porque a senhora está gritando?". Quando saímos minha irmã perguntou "Mas, mãe, porquê você estava gritando?" e ela "Porque achei que ele fosse surdo!". Sem comentários!
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Faculdade - A Fer sempre achou que um professor era gostoso e eu sempre achei ele nojento, com cara de tem caspa no pinto. Uma dia numa aula dele começamos a discutir o tópico (a aula tava boa!). No final da aula ela foi falar com ele, cheguei nas costas dela, meio de lado e falei baixinho no ouvido "Vai, agora conta tudo! Conta o que você falou dele! A Fer começou a ficar roxa, roxa, roxa... Ninguém nunca esqueceu disso. Todo mundo falava "Conta TUDO!" pra qualquer coisa. Como forma de vingança ela fez um "Fiu, fiu" bem alto em uma palestra do Marcelo Serpa (um puta Diretor de Arte da F/Nazca, numa sala bem íntimas, numa sala de 4 por 4, com umas 20 pessoas dentro). O cara achou que era eu e me fuzilou com o olhar. Quase morri de vergonha... até as bochechas de baixo (calma, é só o gordinho do peito) ficaram quentes e vermelhas.
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Eu e a Fer (só pra variar) resolvemos ir pro Guarú. Na hora de passar pela cabine do pedágio (aquele à mão armada da Imigrantes): cadê o tiozinho??? No stress, no vaca, no tiozinho! Imbuída de uma alma honesta deixei o dinheiro lá e segui... Heis que: PEDÁGIO! A Cabine estava ali na frente. "Moço, pega a dinheiro pra mim", "Dá não moça". Descemos do carro em plena Imigrantes e fomos correndo pegar a grana na outra cabine! Já dizia minha avó "Se a cabeça não pensa o corpo padece".
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Eu, Fer, Gorda e Rafael (a) no hotel do tia dele no Guarú, tomando um suco na beira da piscina no final da tarde. Na mesa ao lado um grupo de falidas e aristocráticas senhoras paulistanas de colar de pérolas nos olham feio devido a toda a boiolagem do Rafael. Incomodada com o preconceito a personalidade Rafaela Cristina veio à tona e soltou (imagine biquinhos, carrinhas e bocas, quebradinhas de mão e um olhar fuzilante pras véia) "Aaaaíííí! Tô tão azarada hoje, mas tão azarada hoje, que se der um chuva de PINTO cai uma BUCETA deste tamanho (mostrando com a mão um lance enorme) na minha cabeça"... a Gorda só disse "Me dá dinheiro pra um sorvete?" e sumiu.
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Claro que minha vida mical não se restringe a isso, mas já tô com vergonha. Um dia faço a segunda edição do post... ou não!

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