sexta-feira, dezembro 08, 2006

 

Entre a Agulha e o Divã

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Ultimamente vinha me sentindo meio muito mais louca que o normal. Eu tinha 5 momentos de catarse por dia, uma coisa que chegava a irritar até mesmo o coitado do namorado, que - com o perdão da minha "chuleza" - me come. Logo vocês já devem supor como estavam aqueles cujo beneficio da minha companhia andava sendo zero.
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Resolvi cuidar disso encarando meu dois medos de frente, de peitões abertos, e decidi fazer acupuntura e psicanálise.
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Acho que nunca contei aqui, mas eu sou uma super bundona-cagona quando o assunto é agulhas. Lembro-me de ter ido tomar vacina com minha irmã uma vez - eu com 14 ela com 5 - e de começar a suar frio, ficar branca e tremer ainda na sala de espera. Quanto entramos no consultório eu comecei a rir e chorar ao mesmo tempo, não olhei pra nada, sentei, fechei os olhos, sofri e levei a picadinha maldita.
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Depois do meu super mico era a vez da minha irmã que calmamente sentou e ficou olhando enquanto a moça lhe perfurava brutalmente o braço com a aquela agulha gigantesca. Resultado: ambas ganhamos pirulito!
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Como minha mãe é a "super-mãe-enfermeira" eu tomei muito mais vacinas do qualquer outro ser humano normal do planeta e toda santa vez era um mico parecido.
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Claro que num é uma coisa que eu leve assim de boa. Eu luto bravamente contra isso. Evoluí muito nos últimos anos, comecei a ir sozinha tomar as vacinas, parei de morder as mãos alheias nos exames de sangue, chegando até a olhar no ultimo exame de sangue que eu fiz - olha só!!! Minina!!! Quanta evolução!
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Mas daí a ir me deitar semi nua para me furarem de cabo a rabo - não literalmente, por favor - existe um longo trajeto. Mas eu fui. Suei - soei para os menos íntimos - feito uma cabra, fiquei branca, mas fui e deu super certo. Estou amando e pretendo voltar, mesmo com o cara colocando agulhas no umbigo, no tornozelo, na nuca e quase na...
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Agora o meu medo de terapia vem de algo que ninguém acredita. Eu odeio falar.
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Pára de rir e lê, porra!
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Adoro falar, num tenho nenhum problema em falar de mim, desde de que... repito: DESDE QUE eu não tenha que falar sobre coisas íntimas no sentido sentimental e emocional. Fazer piada de morte de pai, do sexo, do diabo, tá tudo certo, mas falar sério daquilo que a Maíra sente já mais difícil. Fazer isso com alguém me "criticando" então. NOSSA! É a morte.
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Mas eu tava precisando de Freudianamente resolver umas questões paralelas e não estava mais dando conta de fazer isso sozinha. Então fui buscar Mara, minha mais recente melhor amiga, já que depois de 45 minutos de quase monólogo ela sabia mais de mim do que minha própria mãe.
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Enfim, já que entrei no clima de falar aberta e francamente resolvi contar isso tudo para vocês. E fica um recado para o Senhor Gabriel, você não vai embebedar minha terapeuta pra descobrir os meus segredos, porque se você fizer isso eu invento mentirar sobre o tamanho do seu Ká aqui no blog.
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Beijos - finalmente bem humorados e não mais banhados em lágrimas - e bom final de semana para todos!

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