quinta-feira, outubro 27, 2005

 

Blame Canada!


Já notei uma coisa bem peculiar de se trabalhar com estrangeiros, alguns deles te tratam como a escória terceiro mundista ralé do planeta. Pode ser que isso seja a persecutoriedade da terceiro mundista aqui, mas a verdade é que alguns deles lidam com a gente com um ar de superioridade que dá até medo (ou nojo).
Sempre me questiono qual a forma certa de responder, mostrar simpatia e fazer papel de babaca ou tratar com a mesma arrogância. Sei que quando quero consigo ser muito arrogante, mas na maioria das vezes opto pela Maíra Mis Simpatia (Hay de endurecerse pero sin perder la ternura jamás!). A opção chega a ser meio inconsciente, de certa reforma ela mostra minha maneira de ser, meus príncipios e minha educação. Mas acima de tudo ela é a forma de retribuir à pessoas maiores e mais elevadas que são fantásticas.
Dessas fantástias uma das mais incríveis é a Tammy. Uma canadense que tem um filho muito fofo chamado Daniel (que disse uma vez vendo uma foto minha que eu era "so beatiful", educação, mentiras brancas e paquera vêm do berço) e que está há tempos tentado ter o segundo filho, mas já teve vários abortos naturais nessa tentativa.
Recentemente ela perdeu seu baby no 5º mês de gravidez, ainda assim ela continuava me tratando com a mesma doçura de sempre e se preocupando com o tanto que eu trabalho e dizendo que eu sou "THE BEST" (pode até ser "populismo" motivacional, mas olha, dá certo). Toda vez que falo com ela vejo duas coisas:
1 - Eu sou muito pequena e idiota. Fiquei um cú por dias por causa do cachorro, reforma e tal e a mulher tá lá, toda fudida e sendo a mais amável do planeta.
2 - O Canadá ainda tem salvação, pois pessoas assim fazem a vida muito melhor.
Por isso, mesmo que a passinhos toscos estou tentando adotar a "atitude Tammy de vida", em que eu serei sempre doce, meiga, sincera e na qual mesmo estando estrupiadinha e em cacos eu não descontarei isso nos outros. Eu sei, tenho um caminho bem longo e tortuoso pra percorrer (... the long and windding road/that leads to our door/will never disappear...) mas eu vou tentar de verdade ser assim.

 

Saga do Ingresso


Hoje cedo acordei um pouquinho mais tarde e fui pro D. Pedro comprar os ingressos para o show do Pearl Jam. Mas parece que Murphy* não queria que eu fosse, pra começar bem eu não achava minha carteirinha em lugar nenhum, ai vai e volta perde hora e arrumei uma emprestada pra comprar (agora preciso achar a minha de qualquer jeito).

Chego na FNAC e fila... 1 hora dela pra ser mais precisa. Quando finalmente eu chego no caixa eles reclamaram da carteirinha da minha mãe que vence em Novembro de 2005 e o show é no dia 03 de dezembro. Acontece que minha mãe não vai ao show, usamos a carteirinha dela apenas porque a Gorda tinha levado a dela pra São Paulo hoje.

Pequeno show sobre "a questão do direito civil e do consumidor" e sobre o fato dela ter que se preocupar com a validade no momento da venda e deixar que da entrada do show eu cuidava, blá, blá, blá... CONSEGUI! Com os 3 ingressos na mão sai pro trabalho já 3 horas atrasada.
O que me consola é que a Carol acabou de ligar e contar que os ingressos de estudante acabaram. UFA!!! Foi por pouco.

* Se Murphy sendo homem é sacana desse jeito imagine só a mulher dele?!?!?! Sem machismo nem frescura, mas a mulheres são deveras masi complexas, soberanas e quando querem filhas de um boa mãe...

This page is powered by Blogger. Isn't yours?