segunda-feira, outubro 31, 2005

 

Milongas...

Estou aqui sem ABSOLUTAMENTE nada pra fazer. Mas eu sou capaz de apostar todos os meus CDs dos Beatles como 17:55 vão mandar milhares de coisas e eu só vou sair daqui bem tarde. Sem problemas, amanhã começam minhas "férias" de 4 dias e eu não vou me aborrecer com coisas tão pequenas como 50 requests de última hora.
A interminável reforma finalmente terminou e passarei os próximos dias voltando minha casa para o lugar e achando meus CDs, livros e DVDs nas caixas. Vou beijar todos eles (depois de tirar pó claro).
Como já disse em um post ali em baixo, esse final de semana eu só dormi, vi 2 filmes e pensei (um pouco, bem pouco mesmo). Fato iniciador dos pensamentos: o aniversário da vizinha.
Moro no meu condomínio há muito tempo e quando era mais nova me dava realmente bem com o povo de lá (coisa que não exatamente é verdade hoje em dia), mas a vida dá voltas e meu pai morreu. Nesse momento a minha mãe se tornou uma vaca-vadia-solteira-safada e os "amigos" viraram a cara pra gente, afinal nós éramos mulheres desnorteadas sem um homem pra colocar a gente no rumo da decência. Dentre essas pessoas a vizinha que completou as tais primaveras...
Lógico que devido a grande variedade de pessoas que existem nesse planeta nós também descobrimos novos amigos nessa época, pessoas que estavam lá pra nos dar a mão e o ombro e que nos ajudaram muito em um período muito difícil de nossas vidas.
Eras depois e novamente a morte bateu à porta, de forma mais sutil, mas ainda assim levou o membro peludo de 4 patas da família. E quem estava lá dessas vez? Provavelmente você errou se disse que os mesmos que da primeira vez, pois dessas vez o povo que estava lá pra dar uma mão (entenda por isso levar comida pro cachorro, levá-lo pra fazer xixi e dar remédio) era o povo que virou a cara da primeira vez, enquanto o povo que tava por perto naquela época nem sequer deu as caras.
O que quero dizer com isso? Várias coisas na verdade. Quero dizer que tenho que entender as limitações e medos de cada um, logo após a morte do meu pai nós, de alguma forma, nos tornamos pessoas temíveis e não há nada de errado por parte dos outros em sentir medo. Quero dizer que cada um tem sua dor e que é impossível para uma pessoa achar a dor do outro maior que a sua, não porque somos cretinos, mas porque somos humanos e por isso mesmo sempre um pouco egoísta. A minha dor é maior porque dói em mim.
Quero dizer que tenho uma certeza muito triste: sei que mesmo sem querer acabei não estando lá para os meus amigos em momentos que eles precisaram muito de mim e que, provavelmente, não poderei estar lá sempre que vierem a precisar.
Quero dizer que a cada dia que passa eu vejo que ninguém é prefeito, muito menos eu. Que muitas das mágoas que carrego de algumas pessoas podem ter sido causadas por mal entendidos ou pelo fato de eu não ter sido capaz de compreender os limites dos outros, os medos dos outros, os problemas dos outros, as dores dos outros. E ainda quero dizer que percebi que aquele pedido velado de socorro, que sai de um olhar e meias palavras pode não ser entendido e que portanto devemos pedir ajuda com todas as letras ou arcar com as conseqüências sozinhos.
Por fim, quero dizer que estou dando anistia pra todo mundo e esperando o meu perdão por parte daqueles que abandonei. Meu, mal aê!

Comments:
"a minha dor é maior pq dói em mim"... bem verdade isso.. hmm, preciso parar de pensar na vida..
 
Mazinha,
Chegou meu CD do Pearl Jam "Lost Dogs" !!!!!!!
MUITO BOOOOOOOOOOOOOOMMM!
Amiga, aproveita bem o descanso, e traz um presentinho pra mim quando voltar, hehehehe.
Bjs
 
Pra Mari - Ehehehe!!! Será que precisa mesmo? Voc6e faz isso tão bem...

Pra Carol - Aííí!!! Que invejinha...
Vai ser foda parar um pouco arrumando tudo isso, mas prometo tentar.
 
Nunca se está só ou não se tem nada para fazer quando se pode escrever. O mundo está na ponta de uma caneta (ou teclado de computador). Acredite.
 
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