quinta-feira, setembro 21, 2006

 

Criticando a Crítica

Xeque Mate
*
Ô e eu fomos ao cinema, sem nada programado, acabamos escolhendo um filme** que nunca tínhamos ouvido falar, mais pelo elenco que qualquer outra coisa. Acabamos tendo uma deliciosa surpresa e vimos um filme MUITO BOM.
Hoje cheguei ao trabalho e, buscando um link para mostrar para a Rê e divulgar o filme, achei um link que comparava o filme a Pulp Fiction. Entrei na hora jurando que ia ser uma crítica super legal, vã ilusão a minha. O cara acabava com o filme acusando-o de ser uma busca fraca pelo clima fantástico do clássico de Tarantino.
Acho mesmo que um filme que pretende ser Pulp Fiction e não consegue ainda está anos luz a frente que um filme que pretenda ser a maior comédia do ano ou o novo filme "chore vendo a bandeira americana". Aposto que esse mesmo idiota vai idolatrar a palhaçada nacionalista americana de World Trade Center.
Achei o filme muito bom. Um clima descontraído no começo, uma fotografia louca que trabalhava com padrões para através deles te passar sentimentos de aflição, agonia ou fúria (preste atenção aos papéis de parede), piadas bem feitas, ritmo intenso, Bruce Willis, Morgan Freeman e um bom enredo (um pouco previsível no final).
O filme começa em clima de comédia e vai ficando sério, mais ou menos como acontece em "Uma Vida Iluminada" - filme que devo admitir ter uma profunda e séria admiração mais conhecida como pagação de pau- só que nesse, sério é tocante e em Xeque-Mate sério é tiro, bala, explosões e blá!
A crítica não recomendou e eu sim. Você decide.
*
Mais Crítica
*
Realmente não entendo os críticos... falam mal de um filme desses e defendem cada coisa!!!
Como todo respeito aos que gostam, mas de onde um crítico culinário tem a pachorra de defender o lanche de mortadela do mercadão de São Paulo? Duas fatias de pão com 3 toneladas do pior dos embutidos, que no caso do Brasil apesar de ter melhorado muito ainda é pior que no resto do mundo, cortado em fatias tão finas quanto peças de picanha. Aquilo é o demônio de ruim. Cheira mal.
Não dá nem pra pensar em comparar com um Psicodélico, com seu pãozinho e recheio de frios embutidos na medida certa.
Nem adianta vir com esse papinho de que sou elitista e que não vou lá porque é uma biboca. Meu pastel preferido é o Voga - hei! Calma lá! As baratas do Voga tomam banho todo dia - e o melhor bolinho de bacalhau que já comi é do City Bar. O problema do lanche do Mercadão é que ele tem tanto recheio que não é um lanche é uma peça de mortandela inteira.
Pecado aliás que é o mesmo do lanche de Padaria Alemã (em Barão Geraldo), não que eu não coma, sou pobre e com esse lanche o Ô e eu comemos móito por 10 reais, mas é fato que aquilo não é um lanche é uma mistureba disforme de gostos sem sabor.
*
Tocante
*
Esses dias enquanto esperava para ser atendida na ginecologista - um homem não tem a mais vaga idéia da tortura que é um ginecologista, normalmente precedido de 1 hora de espera para depois um ferro gelado entrar em você e sutilmente te arreganhar. Um horror!. Mas enfim, estava lá esperando e lendo uma Época antiga quando vi uma matéria sobre o Severino, que veio do Nordeste e aprendeu a ler sozinho depois de se perder entre a Ipiranga e a São João por não saber ler as placas. Severino, catador de papel, salvou Machado de Assis da guilhotina para reciclagem e montou uma biblioteca comunitária, hoje com 7 mil exemplares, muitos doados e muitos catados na rua e no lixo, o que priva a família de catadores de uma renda extra para os R$ 130,00 mensais.
O maior frequentador da biblioteca do Severino era o Marcelo (eu acho que o nome era esse) que foi um dos preteridos a ganhar um tênis entre os 12 irmãos e por isso um dos que não pode ir a escola. Pulou o muro, viu aula escondido, entrou na biblioteca na marra, fez o diabo e aprendeu a ler e escrever. Hoje seu preferidos são Machado, José Lins do Rego e García Márquez.
Guiou sua bicicleta ao outro lado de São Paulo para ir à Bienal e não teve os R$ 10,00 do ingresso, ficou na bienal alternativa, ao lado do pavilhão, cedendo seu "100 Anos de Solidão" e seu "Memórias Póstumas", o último encontrado o primeiro perdido em meio ao tumulto da devolução.
Todos os imortais foram visitar os dois e lhes levar livros, menos o Paulo Coelho, que como diz o Ô é imortal por que bate um papo direto com o além... Só se for mesmo!!!
Essas coisas me dão ainda mais orgulho de ser brasileira.
*
PS
*
Vimos o trailler de The Black Dalia, do maravilhoso Brian De Palma. Criou expectativa, viu?!?

** Essa crítica é muito boa!!! Não é do idiota não...

Comments:
1. to louca pra ver Xeque Mate e quase chorei no trailer do WTC (ui, devia estar de TDM atacada)
2. agora que vc falou, eu quero comer o tal do pastel e conhecer a Padaria Alemã
3. muitoboa a descrição do ginecologista (isso me lembra que tenho uma consulta em breve...)

e again: bom fds!

bjos
 
bom, beibe, uma coisa é criticar, outra é gostar e nenhuma delas quase tem a ver com sanduíche de mortandela. os padrões para a crítica gastronômica (ui) devem ser um pouco diferentes da cinematográfica.
:>)
vc também leu a crítica do josimar na folha, falando do sanduíche do mercadão?
 
Estou beuba respondendo isso...

Mari - eu tb quase chorei, sou trouxa mesmo, me emociono com essas pieguices de americanos. mas ainda acho qu eo filme há de ser péééééssssiiiiiiimo

Biajoni - que honra vc por aqui!
Concordo, mas a crítica tende pro lado que menospreza tudo aquilo que não é arte, pena que arte é algo bem difícil de definir e que está naquela linha tênue com o gostar.
Não a li isso na folha não... mas uma maiga me mandou um e-mail falando que era uma delícia... na gastronomia, assim como no cinema, estão mais preocupados com a moda e aparência do que com o sensação em si.

Beijos e bom findi pra todos!
 
oi, na sua critica aos criticos você fala de um critica que esculhambou o filme, e coloca o link de uma critica do portal cranik, que por um acaso foi eu que escrevi, e se não me falha a mamória elogiei o filme do primeiro ao ultimo parágrafo, e quem entra no nesse seu post, e vai no link acha que sou eu o critico idiota, só quero deixar bema claro que não fui eu, eu adorei o filme, e espero que as pessoas que entrem em seu blog continuem (ou comecem) a ler minha críticas no Cranik... e qualquer duvida ou sugestão, mandar uma e-mail pra aquele mesmo que esta no link... valeu....
Vinicius Vieira
 
hahahaha
Oi Má
tudo bem?
Aqui faxina pós virose..ainda na lenta...
Adorei os enfoques do cinema para a mortadela e assim por diante.
Vou ver este filme..coisas a lá Pulp Fiction deve ser bom...
Quanto ao mortadela super sanduba de SP..sorry, mas eu amei quando fui à Sampa. Deve ser coisa de turista, quem sabe, mas eu achei o máximo...tem coisa melhor para indicar?
Estes exemplos de pessoas que valem a pena são muito bons..poucos, raros, mas este Paulo Coelho eu não aguentooo!
beijão
 
Olá amigo anomino que criticou bem o filme - Nõa qeuria causar nenhum mal entendido, desculpe! Coloquei sua crítica exatamente pq achei muito boa e bem redigida.

Dani - o lance é que eu odeio mortadela... hauhauuha. Mas tenho umas dicas legais sim. Se sair da cidade de São Paulo tente Giovanetti, o Pinguim (famoso pacas), o Gordão, tem um beirute (isso é voltando a Sampa) em uma biboquinha na esquina de não sei que com não sei onde (o beirute original) que é muito bom. No geral eu tenho ótimas dicas no interior.
Agora as dicas quentes são no quesito massas, ai vc me manda um e-mail e gente combina.

Beijos!
 
valeu pelo "muito boa", e essa semana vou ver World Trade Center e fazer a crítica pro mesmo site, depois dá uma procurada lá pra ver...
 
Postar um comentário

<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?